quinta-feira, 26 de dezembro de 2013 0 comentários

sr. atrito no psicólogo


Primeiro me fale de você e o modo pelo qual seus lábios irão balbuciar cada palavra irão revelar quais são seus medos mais camuflados. Hum, fala pouco - certo. Não consegue completar frases e não chama à boca as palavras certas no momento exato. Preocupante. Hum.. Frequentemente fica confuso sobre o que quer expressar, o que está pensando e como acha que deveria ser cada situação. Complicado. Vamos ao diagnóstico? O.K.  Vamos lá... Você não é original. Sua originalidade poderia ser conquistada se você conseguisse confiar mais em si mesmo. Você tem o medo como carro chefe de sua vida. Você acha isso saudável? Seu medo de fracassar e de ficar sozinho faz com que você sempre faça as piores escolhas de sua vida.  Deixa de ter satisfação e alegria prolongadas pela simples ilusão de tudo aquilo que se pretende sólido, numa fugacidade voraz que te corrói a alma aos poucos. Você não tem capacidade de decisão e isso te atrapalha. Em todos os sentidos. Oscilar entre o sabor de um sorvete e entre qual caminho seguir na vida certamente não é ação de toda inteligente ao passo que você, com esse comportamento, abre espaço para o impensado e o não desejado configurando um quadro crônico de infelicidade. Você é um saudosista equivocado. Prefere manter falsamente vivas memórias de um tempo que não foi tão bom quanto teus pensamentos fantasiam. Pura utopia, diria eu. Seu quadro psicológico atual denota frustração por uma oportunidade perdida, ainda que não manifestada prontamente. Aparentemente deixastes de ser feliz por medo de arriscar o novo. Por medo de se aventurar. Você se entregou quase que completamente, de corpo e de alma, e procurou se isentar da culpa. Isso é patológico. O individuo com essa configuração não possui a capacidade plena de voltar-se a si mesmo e essa incapacidade produz negativas consequências, tanto para o individuo, quanto para todos que os cercam. Fique-se claro a importância de se ver, se perceber. Quando voltamo-nos a nós mesmos conseguimos perceber quem somos nós frente ao mundo e o que queremos enquanto seres vivos. Depois conseguimos atribuir nos exatos setores da vida cada ação e cada consequência. Você tem essa dificuldade. Esquece-se de admitir para você mesmo a sua parcela de culpa em todas as situações e isso te traz, mais uma vez, infelicidade, pois passará a vida a procurar, de forma vã, aquele espinho que provoca sua dor e nada encontrarás. Sim, por tudo que aconteceu, você também é culpado. Na verdade, o maior culpado. Você esquece que está em suas mãos o poder da decisão, num sim ou num não, e se cala. Ao se calar, você consente e se torna cúmplice de toda a história. Você aparentemente teve uma oportunidade de mudança mas a desperdiçou, provocando ainda mais dor. O que fará daqui pra frente? Conseguirá finalmente amadurecer? Saber decidir? Falar corretamente? Ter confiança no que sai de sua boca? Sem contar que não consegue perceber um palmo à sua frente pois fantasia um mundo onde as pessoas são ótimas e elas não o são. Então como queres seguir sua vida? Achavas justo sua posição confortável, tendo tudo ao seu alcance e nada que te tirasse dessa zona miserável de comodidade onde vives? Ter alguém que chama de "seu" e que só cumpre papéis sociais definidos, e no momento da fraqueza ou da tristeza, ter aquele idiota que chamas de “amigo” porque é um dos poucos que consegue manter um diálogo contigo? Esqueceste de quem te fez companhia quando na verdade quem deveria não estava presente? Você acha isso justo? E ainda mantinha o discurso de que estava comprometido? Na terra dos corações saudáveis, ter um compromisso sério com alguém, num relacionamento, requer confiança, respeito, cumplicidade e principalmente vontade, e sua vontade por alguns dias fora de beijar outros lábios. E ainda assim não tens culpa de nada? Precisas decidir. Perdeste muitas coisas na vida e continuará perdendo enquanto não se posicionar de forma digna frente a si mesmo. A maior dignidade, respeito e fidelidade que podemos praticar é conosco mesmos e você se boicota vinte e quatro horas por dia, todos os dias do ano. Você tem um sonho? Persegue-o. Você tem um amor? Lute por ele. Você tem ideias? Concretize-as! Não sabe por onde começar? Comece dizendo todas as manhas, se olhando no espelho, que você é capaz e que vai fazer de seu dia um acontecimento único cheio de satisfação e alegria. A isso chamo de felicidade e o amor virá com o tempo. Se valorize. Se ache bonito, você o é! Aprenda a se posicionar e a dizer sim e não nos momentos certos. Torne-se uma pessoa normal como todas as outras pessoas nesse planeta. Seja mais você e não fique com medo de perder as migalhas de atenção e sexo que você tem. Você poderia ter tido muito mais que isso e jogou fora, simplesmente. Poderia ter se sentido, verdadeiramente e pela primeira vez em sua vida, pleno em alegria e satisfeito por viver. Toma tua parcela de culpa para si e processe-a dentro de você até que todo cascalho vire pó e sua existência absorva a mensagem que sua alma precisa para continuar vivendo. Você pode ser feliz, se você conquistar essa felicidade, claro. Vai ver, existe alguém pelo Brasil esperando você evoluir. Esse é o diagnostico. Está liberado. Espero que volte aqui mais vezes. Sempre surgem novas dúvidas.
terça-feira, 24 de dezembro de 2013 0 comentários

Sonho de Ícaro


O que seria de mim senão minha mania de fazer “longas cartas pra ninguém”? pois é moço, juro com os pés juntos que a intenção era apenas fazer uma doação.. um fogão velho de chamas frias se fora e como num lampejo no revelar da lâmpada da cozinha me vi ao lado de alguém especial. Eu não sabia explicar, apenas senti, moço. sim, os dias passaram e depois de ter tocado seus lábios tive uma certeza: eu estava apaixonado e não pude evitar. Tudo se encaixava perfeitamente. Desde as ideias até cada pequeno caminho de nossos corpos. Tive vontade de gritar ao mundo aquilo que explodira meu coração, mas não podia esquecer que estávamos no labirinto do minotauro. Não sei exatamente se preciso ou devo ficar preso àquilo que se julga natural, comum ou normal. Os dias passaram e eu tive algumas certezas em meu coração. Precisávamos sair dali.. eu vesti minhas asas e voei. Voei e voei e esqueci que o sol derreteria a cera que colava minhas penas.. sim, eu amei alguém moço.. se era amor? Não duvida de mim! Eu sei o que estou falando. Foi amor moço! Juro! esse alguém me fez querer voar como nunca alguém foi capaz. cada lágrima que derramo toda vez que me lembro da minha queda se unem ao mar no qual me afoguei ao cair. Eu caí. Não fui capaz ou bom o suficiente. Não pude provar de forma rápida que ao meu lado esse alguém especial estaria seguro e feliz. Fracassei, confesso. Não ouvi quando a vida me alertou. Hoje sou apenas uma lembrança desnecessária que nem quer existir.. não passo de mais um contato entre tantos outros numa velha agenda de celular. Isso dói, mas nada se compara a dor do sol queimando minhas costas, me fazendo cair.. fui longe.. dentro de mim, e estava me preparando para ir longe fora de mim também. Eu não fui o escolhido e preferi deixar.. talvez eu encontre outro par de asas.. Eu tenho um sonho, moço e não vou deixar de sonhar. Ainda que mais uma vez eu caia e me afogue, sempre me fascinará o brilho do Sol e as asas talvez não sejam mais de ilusão. Talvez essas palavras sejam as ultimas gotas de cera derretida nesse voo. Sddsjp.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013 0 comentários

borboletas..


Mal tinha eu começado a pintar as paredes e o teto já desabava.. e os quadros que eu pendurava foram vertidos em tintas sem razão.. e quando percebi estava eu a rasgar meu estômago, de baixo para cima com uma faca enferrujada que gritava por sangue, para que escapassem as cruéis borboletas que ousei engolir. A vontade era de arrancar as asas de cada uma delas e vê-las em lágrimas também.. mas no fim eu estava exausto demais. Deixei-as fugir. e de que adianta agora pensar em palavras que possam traduzir o que eu tenho agora no lugar do sentimento que elas, malditas borboletas, carregaram? Existem apenas para espalhar o caos. Batem as asas e fazem furacões.. e eu que só queria um abraço, um beijo e uma companhia.. me vejo perguntando de novo pro vento sobre o tempo que a vida vai continuar fazendo isso.. e se o tempo não der pá, pelo menos tenho o vento pra meu cheiro até você levar.. para que você não esqueça do quanto você foi feliz nos breves segundos que esteve ao meu lado. Segundos estes que poderiam ter se multiplicado à eternidade, pois estamos por aí.. replicados em universos paralelos. Mas uma decisão foi tomada e mais uma vez o vida bifurca nossos destinos em direções opostas e eu já não sei se vamos desaguar no mesmo oceano. Eu, simplesmente, preciso continuar correndo.. descendo os montes e vencendo os vales.. preciso que o tétano não me mate e então poderei aprisionar mais borboletas, já que aquelas que você me deu estão perdidas e não sabem mais voar. Se arrastam no rastro das lágrimas deixadas pelos amantes. Vou-me costurar o caráter nos pedaços de carne que ficaram abertos e a linha será de cautela para evitar borboletas que mudam de lugar. E eu bem que pensei que quando não tivesse qualquer coisa, teria você.. pra abraçar, pra chorar, mas na verdade foi você mesmo quem me mostrou a faca enferrujada.. compreendi e não pude evitar. Orgulho e sentimentos estão feridos sem noção de quando vão se curar.. não consigo imaginar que alguém pode ser tão sincero quanto eu fui.. but you dont care.. but i care!
sábado, 14 de dezembro de 2013 0 comentários

Eu Acredito!


Hoje adormeci brevemente enquanto ao lado o notebook rodava um vídeo do psicólogo Flávio Gikovate, que falava sobre separações amorosas.. então eu sonhei com ele num programa que eu via pela TV, dando essa palestra mas na ocasião do sonho, ele estava vestido com uma espécie de túnica e estava num púlpito e muitas pessoas o assistiam falar.. me lembro do vídeo no notebook e exatamente de cada palavra proferida no sonho.. e então o sonho na verdade eram imagens sincronizadas com o áudio que eu, enquanto dormia, ouvia. Mas como podia meu subconsciente saber que, num exato momento do áudio, o Gikovate falaria do livro tal escrito no ano tal e apresentaria o livro à plateia em meu sonho, e no vídeo ele também apresentar o livro? Como poderia eu saber que naquele exato momento de tantos momentos.. ele falaria cada palavra daquela? Palavras ditas ao mesmo tempo em realidades diferentes? Seria impossível..  Outro sonho que tive certa feita foi quando eu tinha acabado de almoçar, coloquei o CD da Jewel e dormi. Sonhei que eu estava numa mesa com meu irmão e do lado tinha um rádio e eu queria ouvir uma música e então, no sonho, eu peguei o CD da Jewel e coloquei e quando começou a tocar no sonho, era exatamente a mesma musica que estava tocando no radio do meu lado, pois acordei no meio dela e foi como se eu continuasse a ouvi-la, só que acordado. Como meu cérebro saberia cronometrar o tempo de alguns acontecimentos no sonho como o fato de eu ter levantado pra pegar o CD  em relação ao tempo exato que a musica na nossa realidade iria começar? Como é possível essa sincronia? Eu mesmo sem saber, adivinhei? Mesmo dormindo? Qual a explicação para isso? Eu de fato estava lá! Naquele mundo, sentado ouvindo o Gikovate. Eu era eu mas com outra realidade. E naquele exato momento o Gikovate dava sua palestra e tudo estava sincronizado. Apenas a realidade que era outra. Conclusão? Definitivamente, sonhos não existem como pensamos que eles são. Os sonhos na verdade são Universos Paralelos que conseguimos experimentar nos momentos de falta de consciência ativa, já que nosso corpo é limitado e só consegue processar a consciência de uma existência por vez. Em todos os momentos em que sonhamos, seja durante o sono ou não, estamos visitando nossa existência paralela, vivenciando outros eventos que não são possíveis necessariamente neste universo, pois cada um possui regras próprias para todas as coisas. E ao que me parece, é possível que a ciência chegue a essa conclusão com a ajuda dos avanços nos estudos da física quântica. A consciência consciente entraria em colapso existencial se pudesse ser experimentada em sua plenitude. A solução natural para essa questão foi resolvida quando o próprio universo se divide nas incontáveis possibilidades a respeito de todas as coisas. Então, quando estamos sonhando, na verdade estamos vendo através de nós mesmos em outro universo, ou possibilidade de existência! Com qual certeza falo isso? Com a certeza com a qual se acredita no Big-Bang! A morte é ilusão. Já estão dizendo os cientistas.. e talvez os espíritas tenham um pouco de razão.. não se deixa de existir pois existimos por ai em outros mundos.. se morremos nesse universo, em outros estamos vivos! Nossas consciências estão de alguma forma interligadas, afinal somos nós mesmos em outras realidades! Universos Paralelos? Eu acredito!
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013 0 comentários

utopia?


três foram as tentativas, frustradas, de escrever ontem aqui. Depois de voltas e voltas em palavras sem nexo... pára! A quem quero enganar? Eu não ia conseguir falar da mudança ou de qualquer outra coisa, e não podia continuar.  Só consigo agora lembrar de um sorriso que me toma o pensamento.. do perfume que fugiu do abraço e de um olhar sem palavras que o possam descrever... não pude segurar as lágrimas ouvindo Resentments e não consegui parar de sentir o cheiro que você deixou bem aqui no travesseiro.. Uma certeza estranha misturada na tristeza de ter que deixar você mesmo antes de a ti pertencer.. e quem diria que um dia estaria eu aqui falando dessas coisas, como um bobo apaixonado que nada quer entender. Apenas se afirma na contenção de sentimentos que não podem florescer, pelo menos por enquanto. “eu não entendo de armas mas acho que levei um tiro seu”. Sabe.. eu sou porta que poucos conseguem destravar e não sei se bom ou ruim, parece que você tem uma dessas chaves.. não consigo pôr aqui o que sinto quando teu cheiro me invade e infelizmente em instantes ele ficará desgastado e sairá. Tomara que seja o tempo de vê-lo novamente.. cada gargalhada e cada sorriso.. e seu jeito, sua ideias, aiai.. e toda vez que eu ouvir a Bey vou lembrar de você e de seu jeito.. juro que não queria te deixar.. não é fácil me arrancar sorrisos e ninguém nunca fez um brigadeiro tão bom! E como eu costumo pensar.. vamos ver o que o tempo tem em sua caixinha. Quero construir certezas, sair daqui sólido. e a gente se pega desenhando corações.. e não vou ficar me perguntando se as decisões que estou tomando estão certas ou erradas.. vou deixar o fluxo correr.. deixar o universo se expressar.. vai que eu me case com vc? ;)
terça-feira, 3 de dezembro de 2013 0 comentários

quer café?


.... e a propósito, quem nunca se viu em reflexo no fundo de uma xícara de café quando descuidadamente vira o ultimo gole e olha sem objetivo lá pra dentro?  Algo que dizem te deixar acordado unido a algo que promete te dar a ideia de como você está num abismo distante que te acorrenta e te transporta pra antes e pra depois, dentro e fora de você, numa paixão retumbante pelo que um dia foi, diferente do que era antes, sem nunca deixar de ter sido, metamorficamente mudando sem ser mudado. Lembrança da infância e os dos tempos de outrora numa saudade cravada no peito como espinho venenoso que aos poucos te mata e te aviva fazendo você ir lá e cá para dentro e para fora de você te deixando incapaz; de falar, de agir, olhar o reflexo. Coisas aparentemente insignificantes que remetem no fundo, literal ou não, a tantas coisas e ao nada e de tão engraçado ou curioso que possa parecer a gente se pega na vontade de colocar mais café, mas o reflexo ao fundo nos observa e então não sabemos bem o que fazer além de olhar de volta...Toma o reflexo para si ou toma-o com  açúcar para que não te arrebente tua garganta com o amargor da vida que levas. gélido e duvidoso olhar que não dá trégua  e te aprisiona no desejo de entender, sem deixar ser entendido, como funciona a vida, o reflexo e o café. Tá parado refletindo? Afinal, você quer?
Henrique Moreira Neto
domingo, 1 de dezembro de 2013 0 comentários

nostalgia



e dessa vez, o que me trouxe aqui? O passado que já está distante.. A nostalgia de reviver na mente algumas lembranças e sentir o coração bater de novo. Eu era pequeno ainda e caminha com velhos amigos em direção ao Polivalente.. Acordávamos cedo pelo simples prazer de andar bem devagar, chutando as pedras ate a entrada da sala.. A rua em frente costumava ser maior vista de lá do passado. Pisa no pé, vôlei e baleado.. Quem nunca? Os anos foram passando..paixões foram surgindo e então me vi mudando.. O engraçado é que as melhores partes a gente sempre guarda com carinho.. As que não valeram tão a pena sempre nos foge. Uma olímpicos de rolo registrou algumas cenas... E é engraçado como o universo fica preso à fotografia. O momento se congela num pedaço de papel que arranca aquilo de seu coração e então cada detalhe é reconstruído. Os anos continuam passando e hoje a rua é pequena e o velho banco já não nos cabe. Sempre éramos 5 ou 6.. Uns ficaram, outros sumiram e eu aqui estou. "caminhando e cantando e seguindo a canção.." Nunca vou deixar de no mínimo afirmar o quanto é difícil expressar o bem que o tempo nos faz.. e como éramos, e como somos, como pensávamos, como agíamos..hoje foi uma noite nostálgica.  me vi, me vejo e me projeto, num contínuo vir-a-ser.. nostalgia..
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revolta no whatsapp


Ei! Fiquei zangado não. Só ignorei pois não concordei com sua conduta.. tenho outro nível de compreensão das coisas e entendo que toda verdade se desfaz por serem elas, as verdades, todas relativas. E também cultivo o respeito e o bom senso e minhas opiniões passam por vários crivos antes de chegarem a outros ouvidos. Quase me senti ofendido, na verdade, mas ignorei. Você tem um jeito de levar a vida, eu tenho outro, e assim somo 7 bilhões de mentes e corações diferentes entre si e carregados, cada um com suas convicções. Para mim, amor próprio é esquizofrenia. Amor eu sinto numa relação com o próximo. Relação de qualquer tipo. Acredito na auto estima, auto valor, auto respeito, sobretudo. O que não me dá o direito de dizer que você é louco por dizer que se ama. O que não te dava o direito também de dizer aquelas coisas da forma como disse. Você confunde auto satisfação com amor próprio, talvez por medo ou receio, mas isso só diz respeito a você. Quem sou eu pra julgar alguém? Medite nessas palavras. Com carinho. Henrique.
sábado, 30 de novembro de 2013 0 comentários

e então..


Cheguei na casa de minha mãe, liguei o notebook e comecei a organizar uns arquivos e outras pastas.. e quando me dei conta estava assistindo aos vídeos que eu gravava lá no escritório da Vivocell. Fiquei olhando a cara de cada um e meditando em todo o tempo que eu fiquei por lá e comecei a pensar sobre o que é saudade, o que é amizade e o que é despedida. Despedidas, sinceramente, não gosto. Caiu a fixa. Saí da empresa e está vindo uma nova fase, e por isso digo que a vida é como um jogo as vezes. O que fica são as fotos, os vídeos e principalmente as lembranças.. é estranho se afastar de quem a gente ama.. não sabemos exatamente o que pensar ou como agir.. a gente vai deixando a maré nos carregar.. Só sei que por trás de cada “kiki”, ou de cada grito tipo “sai daqui Henrique!” ou então do recente “butowisky” existe um sentimento muito bom que não será esquecido e que estará presente em mim até que eu volte. Sim, pretendo voltar e guardarei tudo isso em meu coração. Tô me sentindo estranho, não vou negar. não tô muito inspirado não... Talvez tenha desaprendido a me expressar.. mas ainda consigo amar! Sim, amo cada um de vocês, e cada um do seu jeito. Vocês que fazem parte de minha vida e que me ensinaram muita coisa. Essa noite caiu a fixa. Essa noite eu chorei. E vou lembrar sempre de todas as coisas que passamos juntos. Somos uma família! 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013 0 comentários

meditação

Estou fadado à solidão,
Pois me doparam certa feita..
Doses cavalares de compreensão,
e me despiram do ego,
e me vestiram respeito,
Me roubaram o chão.
E me rasgaram o orgulho,
E me erguiam bondade.
Me ensinaram valor,
Eu espalhei amor,
E no caminhar penoso
Construí o meu chão.
Hoje aqui estou.
Nesse chão que fiz,
Que não é de giz,
Caminho e caminho,
Fugindo do fardo.
Aquele que é causa,
Que é efeito.
Que é,
Que foi,
Que eu.
Que,
Eu.

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quinta-feira, 7 de novembro de 2013 0 comentários

Maquete Acalento

Rabisquei dois ou três traços,

Na plaquinha de isopor;
De repente surgem portas, janelas e telhados.


Na porta tinha madeira, no telhado tinha gato,
E a tinta era amor com cheirinho de anil.
Na janela tinha cortina,
Com estampa primavera e cordinhas contenção.


- Romantismo à espreita! me dissera a velha sábia,
- Que bonito sentimento desde os tempos de outrora..
Ó Maria do meu bairro, aonde vais com esses cachos?
Senta aqui do meu ladinho, vem erguer a sua tenda...


Passa o tempo e funda a noite na salinha de maquete.
E entre tinhas e rabiscos e pretensos flocos brancos,
Brotam ruas, pingam casas, num gostoso Acalento.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013 0 comentários

postumo eterno


Quem nos delegou à superioridade?
Nós, meros amontoados quânticos,
Capricho de moléculas sem razão.

Consciência vã, vazia e triste.
Como todo e qualquer arranjo,
Quem nos deixou à sorte de nós mesmos?

Deuses e bactérias, ouro e demônios,
Continentes, riachos, população.
Raças, cores, covardia!

Quem concluirá sua invenção?
Prisioneiros de nós mesmos,
Deriva na existência - conexão.

O humano é sonho, atrevida pretensão.
O respeito, a tudo, é utopia, a mais pura ilusão.

Que nos delegou o poder?



Henrique Moreira Neto
quinta-feira, 3 de outubro de 2013 0 comentários

o meio, o dia e você


Você está deitado. Abre o olho e observa. Você está respirando. Você está vivo  e pode tocar tudo à sua volta. Você levanta e então a luz bombardeia teus olhos. Os odores impregnam tuas narinas, a existência se crava em tua alma na consciência de si mesmo e do mundo. Você enfim acorda. Você precisa comer e se livrar do suor da madrugada então você levanta e se dá conta também do seu corpo. Coloca uma roupa qualquer e anda até a porta de saída da casa que não é sua. Daí você se pergunta: O que é meu? Roda a maçaneta e se prepara para encarar um pedaço de asfalto, três faróis e muitos rostos desconhecidos e sonolentos. O que são todos esses carros e todas essas pessoas mal-humoradas? Você segue seu caminho. Pisoteia passeios sagrados com os pés que outrora macularam seu espírito e segue. Você está vendo, sentindo o vento, respirando, andando. Você gosta do que vê e abomina outras visões. Você coloca os fones de ouvido e insistentemente atualiza sua página do facebook. Você se pega na espera, se surpreende no aguardar e então volta seu olhar à frente. Tiago Iorc balbucia seu alaúde atraindo do fundo de sua existência àquilo que você mais temia que aparecesse. Você segue, ouvindo e vendo e andando e respirando e então você é sugado. Entra em seu santuário e suas obrigações diárias te trazem de volta à um mundo conhecido, porém esquecido e ignorado durante o sono. Você insistentemente atualiza sua página do facebook. Você se pega na espera e cansa. O relógio de hoje brinca com seu coração e perturba a calmaria de ontem. Você vai novamente pra rua. Você ouve as buzinas e perguntar por que estão umas chamando as outras? Você se perde. Você se encontra. Você olha em volta e procura um sentido. Sentido para o céu azul, para a fumaça dos carros, para seu coração. Você quer entender o que significa tudo ao mesmo tempo que quer ficar na dúvida pela decepção que pode ser abrigar uma certeza. Você não consegue entender e levemente se desespera. Você fica insatisfeito e se alegra novamente. A todo momento você lembra a você mesmo quem você é e o por que de você estar ali. Os seus eus se conversam e entram num acordo. Você insistentemente atualiza sua página do facebook. Você se pega na espera.. Está tudo bem, calma! Você está bem e nada está fora do lugar. Você procura um sentido, ainda assim. Algo não está certo, você sabe disso. Mas nada está errado, então, o que há? Você não sabe e decide não querer saber. Você fecha os olhos e segue. Você existe. Você precisa continuar. Você volta para a casa que não é sua e se pergunta novamente: o que é meu? Você não sabe exatamente o que fazer depois de se fechar em seu casulo. Você se livra mais uma vez do suor e deita. Você insistentemente atualiza sua página do facebook. Você se pega na espera.. Você fecha seus olhos e sente. Você já não consegue ver e apenas sente. Você vai deixando de se perguntar, você vai encontrando o sentido. Você deixa de perceber. Você deixa de existir até que a próxima luz bombardeie novamente seus olhos e o ciclo eterno se repita. 

domingo, 29 de setembro de 2013 0 comentários

entre a dúvida e a certeza

Uns dias de descanso e então sobra tempo pra fazer coisas que normalmente não fazemos.. uma delas é pensar na vida, pensar em relacionamentos, pensar em tudo que anda acontecendo.. Ontem eu era coragem e inconsequência. Hoje eu sou metade medo e metade uma felicidade pela metade. E quando se olha para trás e se contempla todo caminho trilhado até onde se está, os sentimentos explodem no coração e então nem se consegue explicar o que acontece exatamente. Certa feita eu disse a uma amiga que à medida que o tempo passa e crescemos numa pretensa maturidade que não cessa de aumentar, ficamos mais exigentes em relação às pessoas que querem manter contato conosco.. isso me fez pensar também a sobre namoros, amizades, casamentos...  Ficar sozinho e viver na satisfação da liberdade de ser o que se quer sem precisar dar conta aos outros, sejam quem for, sobre o que se pensa ou o que se faz? Essa é uma pergunta que tem martelado minha mente.. ter alguém contigo até que ponto? Qual motivo? E o pior é: será que esse alguém vai entender sua forma de ver a vida, já que vc se imagina compreensivo? Ou será que sua arrogância nunca permitirá que alguém se aproxime de você? As pessoas querem um relacionamento. Ok. Mas será que essas mesmas pessoas já pararam pra se perguntar qual o objetivo disso tudo? Lumia na escrivaninha, um prato de macarrão perto do frasco de perfume que você mais gosta.. você curvado em seu notebook tentando colocar em palavras tudo que passa pela sua cabeça, ao mesmo tempo. uma esperança, um medo, uma expectativa e o canto dos pássaros do domingo..  como proceder?  Eu costumo perguntar aos meus amigos. A verdade é que para a vida não existe uma receita que nos ensine a administrar nas doses certas cada sentimento que ousa em sair de nós em direção a tudo. Mas ainda assim, como sempre digo, prefiro conviver com as dúvidas.. elas são fofas! Certezas são traiçoeiras e te amarram ao erro. A única certeza saudável de se ter é aquela que traz paz ao seu coração. É a certeza do sentimento das outras pessoas por você. Isso eu tenho e ainda quero, muito mais, ter. Porque nunca deixei ninguém duvidar dos meus sentimentos.
domingo, 11 de agosto de 2013 0 comentários

onde as coisas deveriam começar?

No coração ou no mar? Talvez na baía do pontal, sei lá.. Já é quase bem tarde de um domingo qualquer e aqui vou eu, mais uma vez como em tantas outras vezes, digitar o que passa pela minha cabeça e pelo coração. Ouvindo Adriana Calcanhoto e meditando sobre o trecho: “ a solidão me dói o coração”. Pudera eu contar à olho nu todos os pixels da tela de meu celular, tal é a frequência que olho para ela. Leio e releio toda e cada letra que digitei tentando entender o porquê de elas terem ultrapassado a barreira do espaço e chegado até a sua tela, carregando meu sorriso e agonia em cada letra proferida por tua língua ao pensar.. e quem diria que um clique de mouse poderia causar essa expectativa inesperada.. então ficar olhando a pequena tela já não adianta mais. Fico imaginando como é o seu jeito de falar e de abraçar e tantas outras coisas ficam à vagar nesse meu “infinito particular”, que as vezes até eu me perco de mim mesmo. E ainda que exista um encontro marcado, todo futuro sempre é incerto. Queria poder te ver hoje. “Quem é mais sentimental que eu?”  ou “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é” e todas essas frases prontas rondam meu quarto que sobrevive à meia luz há 2 dias. Sim, quero me encontrar com você e desejo que esse encontro não tenha data ou hora marcada para encerrar.. quero poder em você desaguar, me perder, me achar. Talvez assim eu chegue à conclusão de que em você as coisas deveriam começar.
quarta-feira, 3 de julho de 2013 0 comentários

faith, hope, home

“There is no place like home”, ouvi de Dorothy em The Wizard of Oz. “Home”, eu pensei.. e tantas coisas passei até aqui, pensando sobre casa, lugar, longe ou perto, procurando onde pudesse meu coração habitar. Sim, não existe lugar como nosso lar e agora eu desejo um lar onde eu possa estar em paz. Preencher meu coração com as coisas que há tempo eu não sei exatamente o que é.. Os dias vão passando e dá pra sentir um pouco que seja disso que chamam de maturidade. Quando as ideias ganham solidez nas certezas que construímos em nossos corações cheios de esperança. Esperança de um futuro bom, como fruto daquilo que plantamos agora, e devagarinho aquela luz que se achou apagada se acende e nos tira do frio dos tempos de outrora. Acreditar que tudo irá dar certo é a chave para tudo isso, eu penso, assim como penso que “there is no place like home”. Idealizar o futuro, construir o presente e ter fé no destino. Isso é o que nos mantém vivos enquanto seres jogados aqui neste planeta sem exatamente saber o porquê aqui se está. As coisas soam boas, o destino está nos guiando e a fé, cega, é a que nos permitirá viver. Por que sair daqui se aqui eu posso viver e construir aquilo tudo que sempre busquei? De que consiste de fato isso que chamam de felicidade? Quantas coisas perdi para finalmente, pelo menos nesse tempo, encontrar o que supostamente eu procurava? Paz de espírito, eu queria. Apenas paz. Agora é viver e deixar viver, e o resto irá acontecer.
sexta-feira, 29 de março de 2013 0 comentários

lembranças estáticas




Olho tua foto e minha mente viaja aos dias em que fui apaixonado por você. E esse pronome solitário, num “bloco do eu sozinho”, escarnece da pureza de meus sentimentos pela imundície da realidade à que somos impostos. E quando olho tua foto na verdade olho para dentro de mim mesmo à procura do resto de razão que ficou no fundo da taça outrora soberba disso que ousei chamar de vontade de amar. E tudo não passou de uma vontade, na verdade, que pensou ter morrido e agora vaga nos campos secos que habitam em mim. E o quanto é difícil administrar, eu disse. E todas as coisas que fizemos juntos em tão pouco tempo permanecerão em mim não sei exatamente como pois a cada minuto algo de mim se vai para dar lugar a esse algo de você que nem eu sei exatamente o porquê ainda está aqui. Vai ver é o jeito, vai ver é o corpo, vai ver é minha teimosia. Ou ainda quem sabe apenas uma música que não cansa de ser repetida. Da vontade só ficou a lembrança que se torna vontade de novo numa triste ciranda. Enquanto eu vou querendo entender eu vou querendo você mesmo sem querer. E toda vez que olho qualquer foto, no fundo nem sei para onde estou olhando, pois te vejo e não posso te ver pela impossibilidade de te ter. e todo esse discurso absurdamente apaixonado que outrora não seria proferido se não fosse essa foto. Não essa, mas essa, quer dizer, qualquer foto que te arranque o rosto de onde eu coloquei. Sim, a culpa é minha por ter ousado desejar te amar. E por tantas outras coisas sou culpado que nem sei. Enquanto isso vou vivendo meu cotidiano e vez ou outra, quem sabe, olhar uma foto.
quarta-feira, 13 de março de 2013 0 comentários



Me perdi de mim mesmo há muito tempo e só agora tenho percebido que o medo do vazio logo cedo pela manhã nada mais é a falta que eu faço àquilo que eu pensei ter sido durante anos... uma tristeza profunda que aparentemente não tem motivo e ao mesmo tempo tem todos os motivos do mundo. A consciência que impregna minha alma me desarma em qualquer situação. Eu juro que queria ser uma pessoa normal, como qualquer outra, mas vejo que o destino achou legal me mostrar várias faces das mesmas coisas. Eu queria ser normal, eu juro. Queria gostar da água do mar ou até saber nadar. Queria ainda ser menos tímido ou qualquer coisa que facilitasse minha vida com todas as outras pessoas do mundo. Queria não ser tão complicado, e tantas outras coisas eu queria...
  Hoje eu estou aqui, amanhã onde estarei?
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013 0 comentários

triste revolta


O açaí não é doce na boca e os dias não tem sido dos melhores. Dar a vida para outras vidas. Quem faz isso? Minha mãe fez isso por mim e pelos meus irmãos e quem valorizou ou reconheceu? Não tenho certeza. A certeza que tenho é que amadurecer é demorado e doloroso, mas não é difícil. Eu cresci à minha maneira e mesmo que prejudicasse a um ou a outro, foi o que me tornou uma pessoa melhor. E depois de um longo caminho até aqui olhar para trás é ter a sabedoria de não se deixar enganar por velhos vícios. Hoje eu consigo reconhecer os erros e vacilos que cometi por muito tempo. A culpa primeira não está no vizinho ou nos seus pais. Está em cada um de nós e cabe apenas a nós mesmos reconhecermos isso, para depois termos maturidade para lidar com as outras pessoas. Por mais que todos os gatos estejam escaldados, ainda assim procuro deixar claro pra quem pergunta o que é minha família para mim. Por mais que seja um exagero meu, infelizmente levei muito tempo para reconhecer tudo isso que eu disse e mesmo tarde isso me faz melhor. Melhor em saber que consegui a capacidade de evoluir para poder cuidar dos meus na medida do possível. E quando vejo que meus irmãos não conseguem fazer o mesmo fico muito irritado pois tivemos a mesma vida que eu e puderam igualmente escolher entre amadurecer ou viver como eternas infantilidades. Sim, infantilidade pois “criança” é uma palavra por demais linda para ser maculada com um comportamento subversivo e egoísta que não está atento às verdades de cada momento. Sim, fico irritado, pois é esquecido que o mundo é grande e o nosso umbigo não o preenche por completo. Ter a sabedoria de falar e ouvir na hora certa e de saber dar paz pra quem precisa de paz. Minha mãe precisa de paz... eu sinto muito por não ter sido um filho exemplar e independente do que aconteça minha alma sempre carregará esse peso. Mas quando me vi onde estou me preocupei em garantir integridade àquela que um dia decidiu deixar de viver para ver os filhos crescerem. Meus irmãos não entendem e eu tenho pena por isso. Pena porque não passam de mera merda no mundo, incapazes de qualquer sentimento sólido. Apenas superficialidades demoras. Espero que saibam o que estão fazendo com suas vidas e com a vida daqueles que os rodeiam. Observar a vida e o mundo é fundamental para quem deseja viver bem com os outros e enquanto isso não é feito suas vidas são vazias e secas e sobrevivem da força já fraca daqueles que nos fizeram chegar até aqui. Valorizemos o que temos e aonde chegamos pois foi fruto de muito suor e energia. Ou cospes no prato que comeu e aproveita pra se matar pois uma vida inválida é no mínimo injusta e não deve existir jamais!
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013 0 comentários

destino de vidro


Não é o momento apropriado para fazer isso mas não tem jeito.. quando eu cheguei logo dei de cara com uma carapaça de aço, mas por detrás haviam proteções de vidro que cismavam em deixar transparente nossas almas que já eram descobertas pela vida. Não me importei, sinceramente, e até me acostumei. Passeava naturalmente desde então me pondo voluntariamente ao frenesi do que podia estar sendo sem de fato ser porque nunca deixou de ter sido. E o ser observado com ninguém observando se tornou natural nos poucos dias que ali estive... de dentro era apenas eu e eu mesmo refletido nesses espelhos mal sucedidos que me assustavam todas as manhãs quando eu era surpreendido comigo mesmo me olhando e me perguntando: ta olhando o que? Duro. Já a meia luz na área de serviço espelhou a penumbra que é meu coração e me deixou desnorteado e sem ação. Uma sombra sutil que me jogou na cara um passado que teima em querer ser presente, esquecendo das pretensões do incerto futuro que cultivo em meu quintal. E aquele cheiro de casa nova era apenas uma ilusão de minhas narinas, traidoras! A cada segundo o mundo outrora rosa foi tomando tons de cinza pelas botas sujas que macularam a inocência pretendida, nunca real ou alcançada.  E mais uma vez eu aqui, pensativo porque triste e triste porque pensativo, enfim.. Quando mais eu penso estar me encontrando mais eu me perco no emaranhado que é minha alma, esse asfalto molhado de chuva e castigado por tudo que aqui anda. A noite não foi boa e na verdade nem dormi. Não dormi por medo de não conseguir acordar e a vontade de descontrolar é intensa. Toda uma realidade mudada por uma necessidade temporária e um desejo demorado e incerto. Até que ponto vale a pena? Sim, minha alma não é pequena mas já começo a duvidar desse ditado onde tudo vale. Será? Estou pra fazer a coisa que mais me tira de mim, e conhecer outros cheiros e outra área de serviço. Espero não ver novamente portas de vidro para que não me joguem na cara todas as manhãs quem eu queria ser e até então não consegui. O bom é que estou chegando lá..
 
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