sábado, 30 de novembro de 2013 0 comentários

e então..


Cheguei na casa de minha mãe, liguei o notebook e comecei a organizar uns arquivos e outras pastas.. e quando me dei conta estava assistindo aos vídeos que eu gravava lá no escritório da Vivocell. Fiquei olhando a cara de cada um e meditando em todo o tempo que eu fiquei por lá e comecei a pensar sobre o que é saudade, o que é amizade e o que é despedida. Despedidas, sinceramente, não gosto. Caiu a fixa. Saí da empresa e está vindo uma nova fase, e por isso digo que a vida é como um jogo as vezes. O que fica são as fotos, os vídeos e principalmente as lembranças.. é estranho se afastar de quem a gente ama.. não sabemos exatamente o que pensar ou como agir.. a gente vai deixando a maré nos carregar.. Só sei que por trás de cada “kiki”, ou de cada grito tipo “sai daqui Henrique!” ou então do recente “butowisky” existe um sentimento muito bom que não será esquecido e que estará presente em mim até que eu volte. Sim, pretendo voltar e guardarei tudo isso em meu coração. Tô me sentindo estranho, não vou negar. não tô muito inspirado não... Talvez tenha desaprendido a me expressar.. mas ainda consigo amar! Sim, amo cada um de vocês, e cada um do seu jeito. Vocês que fazem parte de minha vida e que me ensinaram muita coisa. Essa noite caiu a fixa. Essa noite eu chorei. E vou lembrar sempre de todas as coisas que passamos juntos. Somos uma família! 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013 0 comentários

meditação

Estou fadado à solidão,
Pois me doparam certa feita..
Doses cavalares de compreensão,
e me despiram do ego,
e me vestiram respeito,
Me roubaram o chão.
E me rasgaram o orgulho,
E me erguiam bondade.
Me ensinaram valor,
Eu espalhei amor,
E no caminhar penoso
Construí o meu chão.
Hoje aqui estou.
Nesse chão que fiz,
Que não é de giz,
Caminho e caminho,
Fugindo do fardo.
Aquele que é causa,
Que é efeito.
Que é,
Que foi,
Que eu.
Que,
Eu.

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quinta-feira, 7 de novembro de 2013 0 comentários

Maquete Acalento

Rabisquei dois ou três traços,

Na plaquinha de isopor;
De repente surgem portas, janelas e telhados.


Na porta tinha madeira, no telhado tinha gato,
E a tinta era amor com cheirinho de anil.
Na janela tinha cortina,
Com estampa primavera e cordinhas contenção.


- Romantismo à espreita! me dissera a velha sábia,
- Que bonito sentimento desde os tempos de outrora..
Ó Maria do meu bairro, aonde vais com esses cachos?
Senta aqui do meu ladinho, vem erguer a sua tenda...


Passa o tempo e funda a noite na salinha de maquete.
E entre tinhas e rabiscos e pretensos flocos brancos,
Brotam ruas, pingam casas, num gostoso Acalento.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013 0 comentários

postumo eterno


Quem nos delegou à superioridade?
Nós, meros amontoados quânticos,
Capricho de moléculas sem razão.

Consciência vã, vazia e triste.
Como todo e qualquer arranjo,
Quem nos deixou à sorte de nós mesmos?

Deuses e bactérias, ouro e demônios,
Continentes, riachos, população.
Raças, cores, covardia!

Quem concluirá sua invenção?
Prisioneiros de nós mesmos,
Deriva na existência - conexão.

O humano é sonho, atrevida pretensão.
O respeito, a tudo, é utopia, a mais pura ilusão.

Que nos delegou o poder?



Henrique Moreira Neto
 
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