sexta-feira, 1 de novembro de 2013

postumo eterno


Quem nos delegou à superioridade?
Nós, meros amontoados quânticos,
Capricho de moléculas sem razão.

Consciência vã, vazia e triste.
Como todo e qualquer arranjo,
Quem nos deixou à sorte de nós mesmos?

Deuses e bactérias, ouro e demônios,
Continentes, riachos, população.
Raças, cores, covardia!

Quem concluirá sua invenção?
Prisioneiros de nós mesmos,
Deriva na existência - conexão.

O humano é sonho, atrevida pretensão.
O respeito, a tudo, é utopia, a mais pura ilusão.

Que nos delegou o poder?



Henrique Moreira Neto

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