segunda-feira, 22 de outubro de 2012 0 comentários

domingo, vinte e um de outubro de dois mil e doze


Uma rádio internacional me trouxe aqui pro word e por mais poético que eu tente ser, não passo duma narração mal feita, descrição equivocada. A música? Somebody de Jackson Browne na BOB FM, Santa Rosa, Califórnia. Sim, que bom que inventaram Rádio Online. Tanta coisa e ao mesmo tempo nada para fazer aqui no notebook. Meia noite de domingo e eu numa mesa perto da estrada na frente daqui onde moramos. Sim, me mudei várias vezes e isso é cansativo. As paisagens foram mudando e as sensações também, não sei explicar, só estava afim de escrever minhas bobagens.
Hoje percebi o quão vazio estou. Precisou eu estragar o aniversário de alguém pra eu perceber isso e não sei o que tem me enchido ultimamente, o que tem me completado, me nutrindo, sei lá. Vazio eu tô e de mim não sai mais nada que preste. Ou talvez eu não esteja procurando as coisas certas para me preencher.. e porque também precisaria eu de algo que me preenchesse? E de quanto eu precisaria para me sentir confortavelmente cheio? E se eu transbordasse, que iria aparar as gotas de mim mesmo antes que se vissem jogadas ao chão? Sim, porque se algo me entra se torna mais do mesmo eu, acredito. E se eu secasse ao vento? Quem me iria chover dentro de mim novamente? Mas como eu disse, são apenas minhas bobagens.
Hoje eu me senti vazio. Vazio do tudo que pensei estar me completando. Veja este texto por exemplo. Não sei até que ponto deixei essa coisa de universidade me esvaziar. Acreditem, estou incomodado por o texto não estar justificado. O que eu fiz comigo? Afinal essas letras em arial com espaçamento 1,5 vão me tornar algo especial? Muitas perguntas, nenhuma resposta e nenhuma perspectiva de resposta. Estou vazio do tudo que queria simplesmente ser... porque existir já se faz aos montes por ai, o mundo não precisa de apenas mais uma existência. Vou aqui pela madrugada, ouvindo a BOB FM, onde tocam de tudo e ao vivo, e onde minha mente consegue viajar até o outro hemisfério fazendo-me sentir estranhamente bem antes de lembrar que amanha têm aula.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012 0 comentários

inacabado medieval


Amanhece no vilarejo e já temos que alimentas as galinhas. Peguei um pouco de leite enquanto minha mãe apanhava lenha para o fogo. Talvez comamos um bom leitão, não sei. Os dias tem sido calmos e um pouco de cerveja quente sempre alegra as noites frias de lua nova. É inverno agora e os campos descansam deitados e serenos. Temos alguns grãos no porão, mas não temos certeza se serão suficientes para todo o inverno. Não se tem muito que fazer nessa época e então sentamos à beira da lareira e tecemos longas horas a fio as roupas de nossos esposos e falamos sobre quando a primavera chegar e cuidamos dos animais que sempre precisam de carinho. Não vejo a hora de celebrar o próximo equinócio! O inverno tem um lado bom, mas nossas almas ficam desprotegidas quando a Deusa Mãe fica longe de nós. Ela foi ao submundo trazer de volta o sol... Temos muito medo de ficar sem comida, mas sempre conseguimos atravessar a fase escura do ano e os primos das terras mais ao leste também sempre mandam alguma ajuda. Os teares precisam de reparos e a lenha tem que ser buscada mais uma vez... os guardas reais tem rondado nossas terras. Disso também temos medo, pois nunca se sabe o que eles querem ou a quem procuram. Fuça o fundo de nossa alma alertas ao mínimo sinal de paganismo. No fundo eles têm medo que gente como a gente descubra novas formas de ter poder que não fazendo parte da corte.
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mais um post sem título




Palavras copiadas de um blog e lidas ao som de um vídeo antigo numa manhã pálida nessas bandas de Ilhéus que a televisão teima em fantasiar. Aqui não estamos às maravilhas e os corações andam dilacerados, e nem sempre há um sol que possa nos iluminar o caminho. Sim, uma tristeza enorme me tomou hoje logo pela manha, num assalto à minh ‘alma e eu pensei em você... Você que pensa não ter valido a loucura – e eu não fui o suficiente louco para te valer. Meu coração uma bagunça em meio às obrigações nossas de todos os dias, e eu me perco imaginando um passado que quis existir, póstumo. Não sou bom com as palavras, mas tento me expor em textos assim como o fazes.  Talvez lido, alguém me entenda. E como é engraçada a tristeza.. ela senta ao seu lado e te chama para dançar sua loucura sem ao menos saber se você queria tal bailar. E então aqui estou eu, caminhando em direção à um futuro incerto e distante e confiando que tudo terá um sentido e que depois irei rir de todo esse sofrimento.  Hoje me limito a uma mesa com um telefone. Meu notebook e todas as tralhas tecnológicas daqui que me fazem companhia. A vida ficou sem graça e hoje eu queria me rasgar. Sim, aquela velha sensação de querer se derramar e jogar na sua cara minha angústia assim como você o faria. Angústia da loucura de querer exclusividade e de todo complexo de inferioridade que me faz companhia, também. E em quantas mentiras eu mergulhei, e quantas esperanças eu afoguei, e então me pergunto o que sou e por que ou quem eu existo. E um futuro distante não está sendo mais o bastante para me manter vivo e cada dia é um pouco do agonizar antes da morte, e o quanto eu queria ver outras paisagens... ou admirado por outros olhares. Ah, minha vida.. um verdadeiro segredo de liquidificador nesse mundo secreto onde me trancafiei e ninguém jamais entrou.. nesse “jamais” custoso de dizer, difícil de ouvir, impossível de compreender onde me desfaço e mesmo nos pedaços há centenas de segredos jamais ousados em aparecer.  Talvez se eu continuar comece a falar asneiras, ou quem sabe me transforme em uma.. obrigado a você por me ler ou me ouvir, por tentar, nem que seja por um minuto, me entender. As coisas não estão boas por cá. Estão as coisas boas por aí? Enfim...
 
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