quinta-feira, 27 de setembro de 2012 0 comentários

Sim, ele quis voltar


E lá vai ele construindo em sua mente a ideia de um papo que pode dar certo ou não..
Ele toma banho preocupado e chega ao tão esperado destino. Toma um café, titubeia entre uma visita e outra, tenta encontrar a brecha certa para falar e de repente sai.
 Sai da boca dele aquilo que todos temiam. Aquele pedido de socorro que ninguém queria ouvir porque escondem uma verdade podre que não pode ser jogada à mesa.
E então mais podres são seus corações por pensarem estar sendo justos com aquele que sempre quis fazer parte de uma felicidade distante.
Igualmente distante está o seu dedo de onde ele pretende chegar, como num sonho ou algo impossível.
Ele se arrependeu. E quando todas as dúvidas em sua mente se tornaram certeza ele simplesmente se transformou em outro. Ou talvez naquilo que sempre pensavam que ele fosse.
E assim será melhor. Sim. No mínimo serviu para mais uma constatação. Uma entre milhões notadas durante esses anos. 
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Ontem Chorei

Ontem eu chorei... 
E quando você nada pode fazer, você ainda pode chorar.
Se debruçar sobre sua janela e contar aos ventos da pista todas as suas angústias.
Olhar para os carros sem dono e dizer-lhes o que dói a alma.
Sim, ontem chorei...
E na alma eu tô numa jaula sem grades,
No meu corpo eu estou numa grade sem jaulas...
E cada vento que passava levava um pouco de minha história.
Se chorei? Sim, o fiz...
Chorei porque cheia está minha taça,
e os vidros, delas já quebradas, me cortam os pés, cansados.
e mundo se torna pequeno quando penso em sair por aí.
Palavras soltas, ao vento dessas pistas, com rumo a outros universos.
Sim, este não é bastante pra minh'alma, cheia dessa vida, sim, nem tanto cheia, mas, cheia.
E quando sinto que nada posso fazer além de ao destino me entregar,
Eu ainda posso,
Chorar.
 
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