terça-feira, 8 de setembro de 2015

limeira no temporal




Hoje eu vi um temporal se formar, bem acima de mim..e eu me perguntava, que é isso, esta dor? Não dá para ver, mas dá para sentir.. mas não deveria estar aqui. o vento empurrou tudo, deslocou as coisas que mais pensavam estar no lugar.. então, que é isso, esse sentir? E ainda que nenhuma indagação pretensamente fenomenológica venha ajudar na compreensão do que estou sentindo, queria ter podido não sentir. Pelo menos percebi que quanto mais eu queira não pensar, mais o pensamento toma uma forma estranha que conseguiu me jogar contra as paredes do meu quarto. Tentei fugir da chuva mas não sei se consegui. Eu não sou tão iluminado e no mundo ainda há muitas coisas difíceis de se compreender, mesmo que sejam apenas nuvens passageiras. Então fico olhando para o tempo e me perguntando o por que isso dói e não consigo ver qualquer rastro da luz que dizem existir no final das coisas. Raios! Ou talvez as coisas existam para apenas serem sentidas e não entendidas. Então choveu. e depois de tanto tempo, minha arrogância é inútil. Nada sei e nada sou. Talvez é preciso aprender tudo de novo e quem sabe eu conseguirei entender o que é isso que estou sentindo. Talvez eu consiga entender a direção do vento..Tristeza, nojo, raiva, tenho eu o direito de sentir essas coisas? Talvez eu queira reivindicar o que nem seja meu.. assim como as aves que se aventuram por entre as nuvens carregadas.. o coração se confunde e já não sei nem mais o que estou fazendo aqui, ou o que esta chuva está fazendo aqui dentro. Cada tijolo estava sendo cuidadosamente colocado.. mas depois dessa chuva a janela agora acha que é porta e o telhado pensa que é parede e eu não faço a mínima ideia de como colocar as coisas no lugar. Foi quando eu pensei que não ia chorar, que eu chorei. Mas foi também quando eu menos esperei, que a tempestade passou..

0 comentários:

Postar um comentário

 
;