sexta-feira, 16 de setembro de 2011

tributo à falsidade


Falsidade! Quanto do teu veneno jaz nas presas das serpentes? Ou levas tão a sério teu nome enganando até a pior das víboras? Estendeste uma mão com um sorriso e na outra empunhava uma lâmina sutil que se desesperava enquanto não sentia o derramar do sangue quente sob costas inocentes até que este pobre diabo desse o último suspiro.
Bela e doce falsidade, que nesta prosa aparece em perfeição e com graça abate a presa desatenta; que pousou em minha tenda e se fartou em meu banquete. Que tentou contra minha vida destilando numa taça sua vingança, por não ter o que desejas pois o nada não te quer e o vazio te despreza.
Seu amor é morto e seu ventre estéril. Tua boca sangra e suas palavras fogem de ti pelo medo de serem maculadas por tua essência doentia. Pobre alma incapaz de ser amada pelo nada que sempre foi. E se traz uma bagagem essa é de ilusões onde tudo daria certo e não dá, onde toda luta é vã sem durar e qualquer alegria atrofia antes mesmo de reinar.

Vitoriosa falsidade! Que enxuga meu pranto e acalenta minh’alma com suaves pequenas palavras. Linda arte de manipular sem medo; o dom de iludir e olho-no-olho olhar me fazendo acreditar que sinceridade não é coisa rara – mas é sim sinhô!
Dias contados são os seus oh eterna falsidade, não por mim nem por suas costas largas; O tempo sempre responde a tudo!

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