quarta-feira, 14 de novembro de 2012

qualquer dia desses...



... no meio de um mal sucedido planejamento urbano me perco no passado, para variar. Dessa vez foi diferente, ou a diferença também seja inventada na minha mente para cobrir buracos no asfalto da minha vida. Abri o notebook e fiquei vagando na internet e vi algumas fotos e senti novamente alguns abraços e meus dedos ...  Ah esses dedos nervosos por escrever bobagens precipitadas das quais eu sei que posso me arrepender, se perderam no teclado e balbuciaram palavras não pensadas.
E de toda essa utopia de um mundo mais humano, me pego desnudo em tua frente, tentado uma aproximação comigo mesmo, através de você, ou vai ver com a parte de mim que ficou contigo naquilo de você que ficou comigo. Não sei explicar, sinceramente. Apenas sinto e por demais e muito tempo vim trancando meus leões. Deixarei que se vão e então não me desprotejo para me proteger.
Eu fico aqui matutando e tentando insistentemente entender o porquê de tantas coisas mexerem comigo. E dentre tantas outros detalhes, e também entre frases nervosas e frustradas duma tentativa docente, me perco em meus eus cada, um em seu mundo.
E ainda que em mim, neste planeta Terra, mora você que se demora e não se cansa de estar, num programa de TV ou numa mesa chamada de jantar, onde tudo se tem, menos a comida que concretiza aquilo que nos fez sentar. E sentar para que? Para olhar sua cara e ver um misto de coisas que nem sei, ainda que equivocado e inventado de minha mente insana?
E que toda sobremesa seja gelatina com creme de leite, e que todo ovo frito seja feito à madrugada com manteiga de carinho numa porta à beira do caos suburbano dos mundos de outrora, ora criado para nós, ora feitos para nos destruir. E eu não entendo o que em você me fez ficar assim, o quanto de orgulho meu me faz ficar assim, assim como? Assim.. Simplesmente.
Ah, se eu pudesse escrever em textos um coração “dilacerado” pelas coisas que o tempo impõe à vida, e se eu pudesse traduzir sentidos como fazem o especiais. E se todos esses “Ahs” que solto se fizessem revolta, e de toda revolta eu pudesse me virar. De lado, do avesso, do outro lado tentando sacudir o passado em busca de um ideal frustrado, que no minuto certo se faria verdade contente.
Não são coisas difíceis mas são. Ao ponto que saem de mim sem comunicar e me rasgam ao mesmo tempo que me levam pra bem longe... e de tão longe fico perto, de onde eu nem queria, talvez. Perto de você...
Perto dos dias em que ouvíamos a mesma música, e das coisas que você me ensinou, e das coisas que talvez eu tenha ensinado a você e então meus dedos se seguram para que eu não me denuncie. Se controlar para não escrever como foi e porque meu coração se aperta as vezes, imagine você a que ponto cheguei. E sempre me negando, me segurando, me anulando, por causa sempre de algo ou alguém ou ainda alguma coisa. E que o digam as formigas no tapete e tantos outros detalhes que me machucam pela impossibilidade de voltar atrás. As vezes porque não vale a pena, ou por não querer admitir que você já tenha procurado esquecer de tudo isso. E então você se pergunta: isso o que? Eu eu, como sempre, digo: nada.

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