quinta-feira, 18 de outubro de 2012

inacabado medieval


Amanhece no vilarejo e já temos que alimentas as galinhas. Peguei um pouco de leite enquanto minha mãe apanhava lenha para o fogo. Talvez comamos um bom leitão, não sei. Os dias tem sido calmos e um pouco de cerveja quente sempre alegra as noites frias de lua nova. É inverno agora e os campos descansam deitados e serenos. Temos alguns grãos no porão, mas não temos certeza se serão suficientes para todo o inverno. Não se tem muito que fazer nessa época e então sentamos à beira da lareira e tecemos longas horas a fio as roupas de nossos esposos e falamos sobre quando a primavera chegar e cuidamos dos animais que sempre precisam de carinho. Não vejo a hora de celebrar o próximo equinócio! O inverno tem um lado bom, mas nossas almas ficam desprotegidas quando a Deusa Mãe fica longe de nós. Ela foi ao submundo trazer de volta o sol... Temos muito medo de ficar sem comida, mas sempre conseguimos atravessar a fase escura do ano e os primos das terras mais ao leste também sempre mandam alguma ajuda. Os teares precisam de reparos e a lenha tem que ser buscada mais uma vez... os guardas reais tem rondado nossas terras. Disso também temos medo, pois nunca se sabe o que eles querem ou a quem procuram. Fuça o fundo de nossa alma alertas ao mínimo sinal de paganismo. No fundo eles têm medo que gente como a gente descubra novas formas de ter poder que não fazendo parte da corte.

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